Manejo de plantas daninhas em cana-de-açúcar (Saccharum spp.) cultivada com a operação de quebra-lombo visando colheita mecanizada

Fernando Tadeu Carvalho, Talita Breda Moretti

Resumo


A colheita mecanizada introduziu alguns fatores novos no cultivo da cana-de-açúcar que afetaram a dinâmica de ocorrência e o controle das plantas daninhas. Um desses fatores é a operação de quebra-lombo realizada entre 60 a 90 dias após o plantio (DAP) visando uniformizar o terreno para o trabalho da máquina colhedora, entretanto, esta operação causa uma redução no período residual dos herbicidas aplicados no plantio. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a seletividade e a eficácia do controle químico de plantas daninhas aplicado em duas épocas: no plantio da cultura e após a operação de quebra-lombo. O experimento foi desenvolvido no período de novembro de 2008 a junho de 2009, em área de cultivo da Usina Vale do Paraná, SP, em cana-plantavariedade RB 92579, com espaçamento de 1,5 m entrelinhas. A operação de quebra-lombo foi realizada aos 70 DAP. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com oito tratamentos e quatro repetições. As aplicações foram realizadas em pré-emergência (no plantio) e em pós-emergência da cultura (após o quebra-lombo), utilizando-se um pulverizador pressurizado (CO2), com barra equipada com quatro pontas do tipo leque, espaçadas de 0,5 m e volume de calda de 200 L ha-1. Observou-se que o tratamento s-metolachlor (1920 g ha-1, no plantio) e s-metolachlor + ametryn (1920 + 1500 g ha-1, após o quebra-lombo) foi eficiente no controle de Brachiaria decumbens e Mimosa pudica, e foi seletivo às plantas de cana-de-açúcar. O tratamento s-metolachlor (1920 g ha-1, no plantio) e s-metolachlor + hexazinone+diuron (1920 + 900g ha-1, após o quebra-lombo) foi eficiente no controle de B. decumbense foi seletivo às plantas de cana-de-açúcar. O tratamento s-metolachlor (1920 g ha-1, no plantio) e s-metolachlor + amicarbazone (1920 + 1050 g ha-1, após o quebra-lombo) foi altamente eficiente no controle de B. decumbens e M. pudica, mas foi pouco seletivo às plantas de cana-de-açúcar. O tratamento s-metolachlor + ametryn (960 + 750 g ha-1, no plantio) e s-metolachlor + ametryn (960 + 1500 g ha-1, após o quebra-lombo) foi eficiente no controle deM. pudicae foi seletivo às plantas da cultura.

Palavras-chave


Cana-crua; s-metolachlor; ametryn; hexazinone-diuron; amicarbazone

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DOI: https://doi.org/10.7824/rbh.v9i1.73

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